SRI promove primeiro International Day

Heitor Queiroz Lopes de Agecom/UFRN

No próximo dia 26, ocorre o primeiro International Day, organizado pela Secretaria de Relações Internacionais (SRI/UFRN). O evento acontece na Reitoria e tem a finalidade de celebrar a internacionalização da Universidade, dando visibilidade a estudantes, professores e pesquisadores estrangeiros. As inscrições começam ainda esta semana, via Sigaa, e podem ser feitas até o dia da ação.

Previsto para durar o dia inteiro, o evento tem exposições feitas por alunos e professores estrangeiros da UFRN sobre seus respectivos países, a ocorrer no hall da Reitoria. Além disso, serão ministradas palestras por docentes e cônsules, no auditório Otto Brito Guerra, focadas nos programas de intercâmbio e de mobilidade acadêmica da Universidade. O objetivo é levar conhecimento acerca de outras culturas e nações, promovendo um espaço para tirar dúvidas quanto à mobilidade acadêmica.

Espera-se que a celebração tenha início às 8h30 com falas do secretário de Relações Internacionais, Márcio Venício Barbosa, e do reitor José Daniel Diniz Melo, seguidas de apresentação musical do grupo Cellos, da Escola de Música. Às 9h15 ocorre a mesa-redonda A Internacionalização da UFRN, mediada por representantes das pró-reitorias de Graduação (Prograd) e Pós-Graduação (PPG) e da SR. 

O ciclo de palestras se encerra com apresentações referentes a mobilidade estudantil na França e oportunidades de estudos nos Estados Unidos, às 10h15 e 11h15, respectivamente. Na ocasião, participam Rafaela Couto e Annabel Chalvin, membros da Aliança Francesa de Natal, além de Stuart Beechler, do Consulado Geral dos Estados Unidos em Recife, e Cristina Borges, do Education USA. Após isso, os estandes com exposições dos discentes e docentes no hall da Reitoria se estendem pelo resto do dia.

Para Girliane Fernandes, secretária executiva da SRI, as expectativas para o evento estão elevadíssimas e é desejo da organização que essa iniciativa passe a ser realizada anualmente. “Sabemos que a UFRN possui muitos alunos de mobilidade e intercâmbio, por isso queremos dar mais visibilidade a eles”, diz a secretária. Ela ressalta ainda a importância da Secretaria para o ensino intercultural na UFRN. “Como promotores do intercâmbio cultural e de ensino, a SRI tem o papel de quebrar a barreira da dúvida e possibilitar essa alternativa de ensino ao estudante”, completa.

Recital Palestra – Homenagens no Játekok de György Kurtág (n. 1926)

Na sexta-feira, dia 29 de abril, a EMUFRN receberá o compositor e pianista argentino Diego Macias Steiner em recital-palestra dedicado à obra Jatekók do compositor György Kurtág. Steiner vem se dedicando a estudar e divulgar este repertório tendo trabalhado sua performance com o próprio compositor.

Os Jatekók (jogos) começaram a ser compostos em 1973, já somam 10 volumes e são um testemunho da trajetória de Kurtag e de sua relação com a docência e com o piano. Nascido em 1926, na cidade de Lugoj, na Romênia, filho de húngaros, as referências musicais e culturais de Kurtág permeiam seus Jatekók. 

Kurtág afirma: “A ideia para a composição de jogos foi proporcionada pela criança que brinca esquecida de si mesma. À criança, para a qual o instrumento ainda é um brinquedo.” A exploração de sonoridades, novos gestos e uma concepção lúdica do instrumento são algumas das características que atravessam a série de jogos. 

O recital palestra enfocará as peças da série que contém homenagens a outras músicas e compositores. Todos os interessados em conhecer o rico universo musical e de performance dos Játékok estão convidados ao Recital Palestra de Steiner.

Radegundis Tavares, Professor de trompa da EMUFRN, é eleito presidente da associação International Horn Society

Por Cleciane Vieira 

Radegundis Tavares é o primeiro brasileiro eleito presidente executivo da principal associação dedicada aos trompistas do mundo: a International Horn Society. A indicação foi feita pelo Conselho Consultivo da organização, no dia 08 de agosto de 2021. O trompista aceitou o convite e assumiu o cargo durante o anúncio oficial na reunião geral da associação no dia 13 de agosto. 

Fundações como a International Horn Society são criadas para promover o instrumento, novas composições, competições, recursos educacionais, além de promover os instrumentistas em benefício da música e valorização da arte. As associações promovem o intercâmbio a partir dos eventos, para além disso, os vínculos ajudam a popularizar o instrumento. 

“A importância da associação vem da força institucional, vem das propostas inclusivas que contemplam a diversidade de pessoas. São esses vínculos que abrem portas para cultura e desenvolvimento de jovens que sonham com a carreira de trompista. O investimento público e o trabalho feito pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte junto com a criação da associação nacional vem contribuindo para o desenvolvimento da área e para o reconhecimento do país ao restante do mundo”, diz Radegundis Tavares. 

Radegundis é professor efetivo de Trompa na Escola de Música da Universidade Federal do Rio Grande do Norte desde 2008; atuou como presidente-fundador da Associação de Trompistas do Brasil entre 2013 e 2015; gravou três álbuns, sendo o último solo lançado em 2019 intitulado como  “Sounds from my home”, trabalho transcrito das obras de Bach, Paganini e Arban; coordenou os dois primeiros “Encontros Brasileiros de Trompa” que aconteceram com o apoio da UFRN em 2013 e 2014 e o primeiro “Simpósio Internacional de Trompa na América Latina” (49ª edição), realizada em Natal, em 2017. Este último sendo uma ótima consequência dos primeiros eventos nacionais nos anos anteriores. 

Antes de ser convidado à presidência da International Horn Society, Radegundis já era membro do Conselho Consultivo do IHS desde 2017, sendo o 2º sul-americano a ocupar esta posição. A associação é a mais conhecida no meio dos trompetes, são cerca de 3.000 sócios de mais de 50 países. Não há dúvidas que o trabalho feito por Tavares opera de maneira direta na ascensão do instrumento no Brasil. Sua pesquisa, coordenação de projetos e performances em prol da arte, contribuem para fortificar as raízes da classe musical. 

“A trompa ainda está bem distante da realidade dos jovens brasileiros, ainda não é um instrumento popular, mas com esse envolvimento com as associações internacionais e bons investimentos, é algo que tem mudado. Todas as iniciativas promovem conexões entre as pessoas que querem ter o conhecimento e as pessoas que tem o ensinamento para oferecer”, finaliza Tavares.