Semana do choro: projeto da UFRN participa de programação especial

por Agecom/UFRN

Uma das datas mais importantes para a música brasileira é celebrada nesta quarta-feira, 23 de abril, com o Dia Nacional do Choro. O chorinho, como é popularmente conhecido, é considerado uma das primeiras expressões musicais nascidas em solo brasileiro, com uma composição rica em sonoridades e única em personalidade. Em comemoração ao gênero, o projeto de extensão Roda de Choro da UFRN participa de uma programação especial ao longo da semana. Os eventos são gratuitos e abertos ao público.

As celebrações do Dia Nacional do Choro acontecem em 23 de abril em homenagem à data que, por muito tempo, atribuíram ao aniversário de Pixinguinha, um dos nomes mais importantes do  gênero e da música brasileira. Alfredo da Rocha Vianna, mundialmente conhecido pelo apelido, é o maior responsável por promover uma musicalidade própria e, principalmente, brasileira para o chorinho. Introduzindo elementos de influência do jazz e da música africana, transformando o estilo com sonoridades mais complexas e adicionando novos instrumentos.

Reconhecido em 2024 como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil, título dado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o choro tem a base musical caracterizada pelo improviso dos instrumentistas de corda, percussão e sopro, tornando-se um espaço de aprendizagem e prática para os músicos. É com esse objetivo que a Roda de Choro da UFRN, projeto de extensão da Escola de Música (EMUFRN), foi formada. A ação é um local de treino e apresentação para estudantes e professores da área, além da participação de músicos externos da comunidade. 

Fernando Deddos, docente da UFRN e responsável pelo projeto, afirma que o grupo é o único deste tipo que se apresenta semanalmente, em atividade contínua desde sua criação há dois anos. As apresentações acontecem nas quintas-feiras às 11h, normalmente no Centro de Convivência, campus central da Universidade. Especialmente nesta semana, as rodas do coletivo irão para outros lugares em celebração ao Dia e à Semana do Choro. Todas as apresentações acontecem de forma gratuita e são abertas ao público interessado.

Projeto de extensão Roda de Choro da UFRN em uma das apresentações semanais no Centro de Convivência. Foto – Arquivo do projeto.

Apresentações

O projeto da EMUFRN integra diferentes eventos entre 23 e 26 de abril. A participação do coletivo começa nesta quarta-feira, 23 de abril, em uma produção que envolve vários grupos do choro em Natal. Com início às 18h, a programação especial do Dia do Choro acontece no Largo do Atheneu João Faustino, localizado no bairro Petrópolis, com a participação da Roda de Choro da UFRN, Choro da Terra, Chico Bethoven e Choro do Elefante, Ginga, Raphael Almeida, Gilberto Cabral, Bruno Barros, Laryssa Costa e Choro do Caçuá, grupo mais tradicional do choro em Natal.

Na quinta-feira, 24, a programação continua com a exibição semanal do grupo, acontecendo especialmente na Escola de Música da UFRN, às 11h30. No dia 25, sexta-feira, a roda será mais leve e descontraída no espaço Bar Universitário Filho da Mãe, a partir das 18h. 

As celebrações acabam no sábado, dia 26 de abril, na praça da Igreja Católica Matheus Moreira, em Nova Parnamirim, com a ação promovida pela Oficina Livre de Música e pelo Choro de Caçuá, com a participação do projeto da UFRN.

Toda a programação e as informações dos eventos estão sendo divulgadas pelo Instagram da Roda de Choro da UFRN, assim como outras informações sobre a atividade e futuras apresentações.

Sobre o choro

O choro, popularmente conhecido como chorinho, é um gênero musical instrumental brasileiro que surgiu nas ruas do Rio de Janeiro, no século 19, com raízes que combinam influências europeias e africanas. O ritmo marca elementos únicos em sua composição: músicas alegres, diversas variações harmônicas e improvisação. É caracterizado pela combinação das musicalidades dos instrumentos de cordas, percussão e sopro, criando ritmos singulares na música nacional e formando uma das manifestações mais autênticas da música brasileira.

Considerado a primeira manifestação musical urbana de origem brasileira, sua importância transborda para outros gêneros musicais como samba, bossa nova e MPB. Sua história é marcada por nomes de importância também para a musicalidade no Brasil, entre eles Joaquim Callado e Chiquinha Gonzaga, Jacob do Bandolim, Hamilton de Holanda, Waldir Azevedo, além daquele que é considerado o maior e mais influente no choro, o Pixinguinha.

Sobre Pixinguinha

Compositor, instrumentista, arranjador e maestro, Pixinguinha é autor de canções consagradas, como CarinhosoUm a ZeroOdeonBatuque na cozinhaSofres porque queresVou vivendo, e diversas outras peças. O flautista e saxofonista continua sendo uma influência para a comunidade artística, com importante legado para a música brasileira.

Fonte: Agecom/UFRN. Texto: Vitória Mendes; Edição: Juliana Holanda; Revisão: Rebeca Ribeiro.
23 de abril de 2025

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